Acabou

13:15 Missing Piece 0 Comments



 Queria que me dissesses a verdade sempre que olhas para os meus olhos.

 Tenho tanto para te dizer. Abandonaste-me e eu aqui fiquei, sozinha, a tentar encontrar alguma parte de ti em mim, alguma camisola tua que pudesse eventualmente ter o teu cheiro, algo que me fizesse recordar de ti. Mas na verdade, que é sempre disso que estamos a falar, na verdade eu não preciso. Eu recordo-me de tudo. De tudo o que aconteceu. Do nosso primeiro beijo, da nossa primeira saída à noite, da nossa primeira (e única) ida ao cinema, da primeira vez que fizemos amor, da primeira vez que chorei por ti, da primeira vez que fomos passear a Lisboa (foi tão bom, amor...), da primeira vez que jantámos juntos, daquele dia em que conheci a tua mãe.

 Eu não me quero ficar pelas memórias nem pelas recordações. Eu preciso de ti, fisicamente. Eu preciso dos teus beijos, dos teus abraços, dos teus mimos, das tuas conversas, das tuas brincadeiras, das tuas chamadas às 4h da manhã. Eu não me fico pelas memórias, e tu sabes.

 Não quero que sejas mais uma memória que acabei por colar à parede do meu quarto com fita cola. Não quero olhar para as nossas fotografias e pensar que acabou, que nunca mais vou
estar contigo, que não vou olhar-te nos olhos. Preciso de sentir o teu respirar, estou a sufocar por não te poder tocar.

 Tenho em mim tudo o que havia em ti. Tenho em mim o teu cheiro, as nossas noites de calor, os nossos beijos quentes, os nossos abraços carentes. Diz-me que não vou ficar sem isso. Diz-me que não vou ficar sem ti. Tu prometeste e juraste por nós. Esta era a nossa jura mais sagrada. Mas eu já não acredito dela. Eu já não acredito naquilo que me possas dizer.

 Magoaste-me com todo esse propósito. E agora? Estás bem? Eu não te percebo. Sempre foi esse o nosso problema. Eu nunca te percebi e tu nunca me percebeste. Mas sempre soubeste que as minhas intenções contigo foram sempre as melhores. Sempre soubeste que te amei, e ainda amo, mais que tudo (hoje, mais que ontem), Sempre soubeste que íamos ter a nossa casa, os nossos filhos, as nossas coisas, as nossas férias no Gerês. Tu prometeste, amor...

 E não cumpriste.

 Não se trata de palavras bonitas nem nunca se tratou. Temos o amor mais bonito que alguma vez o mundo presenciou. Temos tudo para dar certo. Mas agora sim, eu percebo aquilo que estão sempre a dizer "Não é assim tão fácil." Ninguém disse que ia ser fácil. Mas ninguém nos disse que ia ser assim.

 Vai enquanto ainda tens tempo. Torna-te no melhor homem que eu já conheci e sê feliz. Eu nunca vou conseguir. Nunca vou ter capacidade de amar como amo agora. Nunca vou ter força para continuar. Tiraste tudo o que havia em mim. Agora só me restam dias cinzentos e noites passadas em preto. Restam-me as memórias coladas na parede e o teu cheiro, que algum dia vai desaparecer.





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YOU

14:39 Missing Piece 0 Comments



 I know what I am. I know how I messy I am, my dear... But I'm counting on you to fix me. It's funny, isn't it? Me, myself, depending on you, yourself, not to survive, but to live. To be in your hands. I guess that's a hell of a responsability. But I don't want you to see it that way. I want you to love it. I want you to want me, as I am, just like the way I want you, as you are. 
 To explain my love for you, there's only one way. Get naked. Forget everything and everybody. Clear your head and think of nothing. Just... be yourself in the simplest way possible. There's the reason why I love more than everything. Because I love YOU. I would love you even if you had nothing. No thoughts, no people around you, nothing. Just you. The main reason? Good question. I don't know. I know that I could stare at you for one hundred years and my love for you would just change in one way, it would grow. Nothing more. 
 I love the way you undress me with your eyes. I love to hear you talking. Not saying shit, just talking, because I love what your voice sounds like. I love every part of your body. It reminds me an endless road where I travel everytime we make love. I love what you make me feel. I love everything about you, in your simple you.


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It's always about you

01:31 Missing Piece 0 Comments



 I miss the way you look at me. I miss your voice. I still have your smell in my hands. I still feel your body. I keep on my room, hoping that you find me. I still remember all those nights, when I was crying, when I was shocked.  I miss you and it's only been one day since you left this stupid town. I cannot live without you. I hope we can find a solution, but not being with you, not being loved by you, it's not a option. I don't want to.
 I know and this can sound really silly, but I want to spend the rest of my life with you. It's all about you. My little baby. My little big boy. You're the one.
 Actually, you're the only one who can make me laugh the way you see. And I know that you love that in me. You love seeing me smile and laugh. But the reason of that smile is you. Again, it's all about you and your lovely mind...

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As tuas escrituras

14:57 Missing Piece 0 Comments



 Saber que escreves tão bem é um alívio para mim. Sei sempre que, quando falas comigo, é mesmo aquilo que queres dizer. É mesmo aquilo que sentes.
 Já me disseste tantas coisas más, tantas coisas que me magoaram e que me deitaram completamente abaixo. Mas com essas, posso eu bem. Não posso apagar os meus defeitos nem mudar o meu feitio, mas tanto tu como eu, podemos-nos adaptar a eles. 
 Adoro que escrevas. Adoro que me mandes textos completamente inesperados em inglês. Adoro chegar à caixa do correio e ver que tenho lá uma carta tua, e não, não são as contas da água nem da luz. Adoro sair da escola e dizerem-me que te viram a escrever no teu caderno, enquanto fumavas um cigarro e bebias um café. 
 Se há algo que sei bem, é que sabes o que dizes, que sentes o que escreves e que percebes o que vives.
 Nem eu sabia que escrevias tão bem. Desde aquele dia em que publicaste o teu artigo sobre os Joy Division. Desde aquele dia em que escreveste um poema para mim. Desde aquele dia em que te foste embora, e só me deixaste o que sobrava de ti.


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