As tuas escrituras

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 Saber que escreves tão bem é um alívio para mim. Sei sempre que, quando falas comigo, é mesmo aquilo que queres dizer. É mesmo aquilo que sentes.
 Já me disseste tantas coisas más, tantas coisas que me magoaram e que me deitaram completamente abaixo. Mas com essas, posso eu bem. Não posso apagar os meus defeitos nem mudar o meu feitio, mas tanto tu como eu, podemos-nos adaptar a eles. 
 Adoro que escrevas. Adoro que me mandes textos completamente inesperados em inglês. Adoro chegar à caixa do correio e ver que tenho lá uma carta tua, e não, não são as contas da água nem da luz. Adoro sair da escola e dizerem-me que te viram a escrever no teu caderno, enquanto fumavas um cigarro e bebias um café. 
 Se há algo que sei bem, é que sabes o que dizes, que sentes o que escreves e que percebes o que vives.
 Nem eu sabia que escrevias tão bem. Desde aquele dia em que publicaste o teu artigo sobre os Joy Division. Desde aquele dia em que escreveste um poema para mim. Desde aquele dia em que te foste embora, e só me deixaste o que sobrava de ti.


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